O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) absolveu o senador Sergio Moro da acusação de abuso do poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022, em decisão contestada pelo PL e PT. Os recursos protocolados pelas legendas pedem a cassação de Moro e seus suplentes, alegando favorecimento financeiro prematuro e desequilíbrio na disputa eleitoral. A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná havia recomendado a cassação da chapa devido ao gasto de R$ 2 milhões na pré-campanha.
A maioria dos desembargadores do TRE-PR decidiu contra a cassação de Moro, alegando que as acusações de abuso de poder econômico não procedem. Houve divergências sobre os gastos considerados como campanha ou pré-campanha, levantando questões sobre os investimentos feitos por Moro e as interpretações dos membros da Corte. Após a decisão, Moro afirmou que a Corte preservou a soberania popular e honrou os votos dos paranaenses, enquanto os partidos recorrentes criticaram a decisão e apontaram possíveis práticas de corrupção.
Agora, o TRE-PR deve abrir prazo para a defesa de Moro e seus suplentes, antes de encaminhar o caso para julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As ações protocoladas pelo PL e pelo PT levantaram debates sobre o financiamento das campanhas e a conduta dos candidatos durante a pré-campanha. A decisão do TRE-PR gerou controvérsias e deixou em aberto as discussões sobre os limites do uso de recursos financeiros e o equilíbrio na disputa política, em meio aos preparativos para as eleições futuras.