A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até a próxima semana para se posicionar sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, acusado de envolvimento em um esquema de fraude no registro do cartão vacinal contra a Covid-19. Além de Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e outras 15 pessoas foram indiciadas. Entre os crimes apontados estão inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa, com possíveis penas de 3 a 15 anos de prisão.
A investigação da PF apontou a ação de uma associação criminosa que teria falsificado registros de doses de vacinas contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, em benefício de Bolsonaro, sua filha e outras pessoas. A defesa de Bolsonaro alegou perseguição política, enquanto a defesa de Mauro Cid afirmou que o indiciamento não estava previsto em acordo de colaboração premiada. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá que decidir se oferece denúncia, arquiva o caso ou pede mais investigações.
A lista de indiciados inclui nomes como Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid, e diversos outros envolvidos no esquema de fraude. A manifestação da PGR poderá determinar os próximos passos do caso, que envolve crimes graves relacionados à inserção de dados falsos em sistema de informações. A decisão do procurador-geral será aguardada com atenção, uma vez que poderá impactar significativamente o desenrolar desse escândalo envolvendo o ex-presidente e outras figuras importantes.