Em uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), oito agentes da PRF foram presos sob a acusação de cobrar propina para permitir a passagem de caminhões com drogas em rodovias do Nordeste, principalmente em Pernambuco. Um empresário também foi detido, e dois intermediários estão foragidos. A investigação revelou que os agentes cobravam valores que variavam de R$ 50 a R$ 2 mil e que os veículos envolvidos no esquema utilizavam códigos e tacógrafos específicos para evitar a fiscalização policial.
Além disso, a apuração teve início após a apreensão de 550 quilos de cocaína no porto de Natal em 2021, resultando na prisão de dois empresários e na apreensão de seus celulares. Perícias nos dispositivos revelaram conversas sobre pagamento de propina a agentes da PRF de Pernambuco. A investigação, que inicialmente ocorreu no Rio Grande do Norte e foi transferida para a PF em Recife, identificou um total de oito policiais envolvidos, todos com prisão decretada. A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária e a PF mantiveram informações sob sigilo por determinação judicial.
A Corregedoria da PRF acompanhou todo o processo, enquanto a PF se absteve de comentar devido ao sigilo da operação. A cooperação entre as instituições possibilitou avanços significativos no caso, revelando a extensão da corrupção policial no combate ao tráfico de drogas. A ação conjunta resultou não apenas na prisão dos agentes envolvidos, mas também na apreensão de provas materiais, como celulares, computadores, armas e uniformes, evidenciando a gravidade do esquema de corrupção desmantelado.