O Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde), criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), passa a contar com a participação da Polícia Federal e da Advocacia-Geral da União a partir de hoje. O objetivo principal do grupo é combater a disseminação de fake news e deepfakes, especialmente durante os períodos eleitorais. Além disso, durante as eleições municipais de 2024, o Ciedde estará atento à utilização irregular de inteligência artificial, buscando promover cooperações entre a Justiça Eleitoral, órgãos públicos, entidades privadas e plataformas de redes sociais.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a PF contribuirá com sua expertise em cibersegurança para prevenção e repressão rápida, enquanto a AGU atuará como braço jurídico do Ciedde, assegurando o cumprimento das resoluções do TSE. O ministro ressaltou a importância de combater a desinformação e o uso da inteligência artificial para criar deepfakes, visando proteger a integridade das eleições e dos eleitores. O Ciedde terá uma rede de comunicação envolvendo os tribunais regionais eleitorais e desenvolverá campanhas educativas contra desinformação, discursos de ódio e em defesa da democracia.
Durante o evento, o advogado-geral da União, Jorge Messias, enfatizou a importância de combater a desinformação para preservar a democracia e o processo eleitoral. Messias destacou que a desinformação é uma forma de corrupção do processo democrático, pois priva os eleitores da liberdade de exercer seu direito ao voto. Ele ressaltou a necessidade de profissionalização do Estado brasileiro para enfrentar a disseminação de fake news e ódio programado, visando garantir a integridade das eleições e da sociedade brasileira.