Os preços do petróleo atingiram seus níveis mais altos desde o final de outubro, impulsionados por preocupações geopolíticas que ameaçam a oferta, mas foram contidos por um aumento nos estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos. Os futuros do Brent subiram 0,5%, para US$ 89,35 o barril, enquanto os futuros do WTI avançaram 0,3%, para US$ 85,43 o barril. Apesar de terem subido mais de um dólar durante a sessão, os preços recuaram após a Administração de Informação de Energia dos EUA relatar um aumento de 3,2 milhões de barris nos estoques, surpreendendo analistas que esperavam uma redução.
Os investidores em busca de segurança impulsionaram o ouro para um novo recorde acima de US$ 2,3 mil, enquanto o dólar atingiu uma máxima de seis meses, levando o Banco Central a fazer sua primeira intervenção no governo de Lula. Enquanto isso, o S&P 500 teve seu melhor primeiro trimestre desde 2019, liderando uma alta sólida em Wall Street. Os futuros do petróleo, embora tenham alcançado máximas intradiárias de cinco meses por três sessões consecutivas, foram impactados pelas incertezas em relação à oferta devido aos ataques da Ucrânia às refinarias russas e a possibilidade de um aumento do conflito no Oriente Médio.
A divergência entre os relatórios da AIE e do API sobre os estoques de petróleo bruto dos EUA influenciou a movimentação dos preços, com analistas destacando que os indicadores técnicos sinalizavam uma sobrecompra nos futuros do petróleo. Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho, mencionou que o relatório da AIE contrariou as expectativas baseadas nos dados do API, ajudando a conter o avanço dos preços. Esse cenário reflete a sensibilidade do mercado de petróleo a fatores geopolíticos e às oscilações nos estoques, que continuam a moldar o comportamento dos preços da commodity.