A Petrobras informou que irá recorrer da decisão que suspendeu o conselheiro Pietro Adamo Sampaio Mendes, presidente do Conselho de Administração da empresa, nomeado pelo governo federal. A suspensão foi determinada pela 21ª Vara Cível Federal de São Paulo devido a alegada inobservância de requisitos do Estatuto Social da Companhia no processo de indicação do conselheiro. A empresa busca reformar a decisão para manter a integridade de seus procedimentos de governança interna, defendendo-se de questionamentos sobre indicações ao Conselho.
A ação que resultou na suspensão de Mendes foi movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP), que questiona a legalidade da presença do conselheiro no cargo, apontando um possível conflito de interesses, já que Mendes também é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. O autor da ação alega falta de conformidade com a Lei das Estatais, ausência de uma lista tríplice para a nomeação e a não utilização de uma empresa especializada para a seleção, levando a Justiça a afastar também outro conselheiro nomeado pelo governo federal na semana anterior: Sergio Machado Rezende.
A Petrobras enfrenta uma disputa judicial decorrente de questionamentos sobre a nomeação de conselheiros, evidenciando tensões em torno da governança da empresa estatal. A empresa busca reverter a suspensão de seu presidente do Conselho de Administração, defendendo a legalidade de seus processos internos e enfrentando acusações de possíveis irregularidades na nomeação de conselheiros, em meio a um cenário de mudanças e desafios no setor de petróleo e energia no Brasil.