O mercado financeiro está em agitação devido aos rumores de uma possível troca no comando da Petrobras. Jean Paul Prates, atual presidente da estatal, passou de alvo de críticas a alvo de apoio por parte dos investidores, após ter encerrado a Política de Paridade de Preços Internacionais (PPI), medida que impactava nos preços dos combustíveis, mas garantia estabilidade financeira à empresa. Enquanto o presidente Lula elogiou a decisão de Prates por reduzir as pressões inflacionárias e acalmar os caminhoneiros, críticas surgem agora sobre a falta de investimentos considerados prioritários na estatal.
Em meio a essa turbulência, a equipe de Jean Paul Prates defende os resultados já alcançados durante sua gestão e refuta as acusações de negligência com a transição energética. A discussão envolve investimentos considerados essenciais pelo governo, principalmente na área de gás, gerando um embate entre a Petrobras e os interesses do Palácio do Planalto. Prates busca uma audiência com o presidente Lula para definir o futuro da empresa, que planeja investir US$ 102 bilhões entre 2024 e 2028, podendo gerar milhares de empregos diretos e indiretos.
Enquanto Jean Paul Prates busca orientações de Lula para manter sua política de investimentos ou considerar uma possível saída, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, é sondado como potencial substituto. Apesar de negar qualquer envolvimento em movimentos para destituir Prates, Mercadante dialogou com o presidente da Petrobras sobre a possibilidade de assumir o cargo, evidenciando a instabilidade política e econômica que permeia o cenário da estatal.