O Banco Central anunciou a realização de um leilão adicional de swap cambial, marcando a primeira intervenção no governo Lula. A operação consiste na venda de dólar no mercado futuro, sem utilizar as reservas de moeda estrangeira do país, representando uma intervenção indireta no mercado de câmbio. Essa medida tem como objetivo evitar grandes variações no mercado de câmbio, influenciando a cotação do dólar no mercado à vista, mesmo sendo realizada no mercado futuro.
A ação do Banco Central foi motivada pelos efeitos do resgate dos títulos NTN-A3, previsto para o dia 15 de abril, que estão atrelados ao câmbio. No leilão de swap cambial, o BC determina o volume de contratos e a taxa de swap, com os participantes do mercado oferecendo lances com base nessas especificações. Os contratos têm uma data de vencimento predeterminada, resultando em ajustes financeiros entre as partes com base na variação da taxa de câmbio e das taxas de juros envolvidas, onde, em caso de desvalorização do real, o BC paga a diferença aos detentores dos contratos, e em caso de valorização, os detentores pagam a diferença ao BC.
Essa ação do Banco Central surge em um momento em que o dólar chegou a ser cotado a R$ 5,06, buscando manter a estabilidade no mercado de câmbio diante da necessidade de intervenção. Com a explicação do BC sobre a importância dessa medida, o leilão de swap cambial se torna uma estratégia fundamental para mitigar as oscilações do mercado de câmbio e garantir a estabilidade financeira do país.