Em meio a uma crise de atrito com o presidente da Câmara, Arthur Lira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a liberação de mais de 2,4 bilhões em emendas parlamentares. Aliados de Lira apontam que a atenção da equipe de Lula deveria ser direcionada ao Senado, onde uma proposta aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça pode resultar em um rombo de 42 bilhões de reais nas contas públicas, caso seja aprovada no plenário.
A medida em questão prevê um aumento de 5% para magistrados e procuradores a cada quinquênio, o que poderia desencadear um efeito cascata prejudicial às finanças do país. Diante desse cenário, a equipe de Lula busca barrar a proposta no plenário do Senado ou condicionar sua aprovação à definição clara da fonte de recursos. O presidente convocou uma reunião com ministros e líderes no Congresso para avaliar o clima tenso e os riscos de derrotas para o governo.
Em meio a esse contexto, Arthur Lira solicitou um encontro com Lula para discutir as tensões recentes, manifestando seu descontentamento com a postura do governo em direcionar críticas a ele. O presidente da Câmara pretende expor sua posição e reclamar do suposto direcionamento de ataques, considerando que projetos de interesse do governo foram aprovados na Casa que ele lidera. A reunião entre os líderes busca amenizar a crise no Congresso e evitar possíveis revéses para o Palácio do Planalto.