O Papa Francisco decidiu que seu corpo não será velado fora do caixão, rompendo com a tradição dos funerais papais, e simplificou as cerimônias fúnebres dos pontífices. Em um livro lançado recentemente na Europa, o Papa revelou que os papas futuros seguirão essa mesma prática. Além disso, Francisco expressou preferência por ser levado à Igreja de Santa Maria Maggiore para seu sepultamento, em vez da Basílica de São Pedro, marcando uma mudança significativa desde 1903.
O livro também expõe disputas dentro da Igreja, revelando que a existência de dois papas, Francisco e Bento XVI, dividiu a instituição. O Papa Francisco criticou o secretário particular de Bento XVI, monsenhor Georg Ganswein, por supostamente manter o Papa emérito isolado e apoiar cardeais ultraconservadores que o acusaram de heresia. Apesar disso, Francisco elogiou Bento XVI, destacando sua postura progressista durante o Concílio Vaticano II e seu gesto avançado em 2013.
Além disso, o Papa Francisco compartilhou detalhes do conclave que elegeu Bento XVI em 2005, revelando como impediu sabotagens na eleição de Joseph Ratzinger. Francisco e Bento XVI também tomaram decisões conjuntas, inclusive afastando um membro por vazamento de documentos do Vaticano. O livro lançado na Espanha, “El sucessor”, traz à tona essas revelações e aprofunda a relação entre os dois pontífices, destacando momentos de tensão e cooperação entre eles.