O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, expressou preocupação com a desarticulação do governo no Congresso, destacando que a revisão de decisões congressuais pelo Judiciário resulta em ganhos para o Executivo e desgaste para o Judiciário. Em meio a embates, a suspensão da prorrogação da desoneração da folha de pagamentos pelo STF a pedido do governo exacerbou a crise entre os poderes, levando a uma perda de confiança mútua.
Nos bastidores, Pacheco tem adotado posturas que o distanciam do Planalto, como a defesa da limitação de decisões individuais de ministros no STF. Com perspectiva de uma maioria bolsonarista no Senado após as eleições de 2026, aliados preveem desafios para um eventual segundo mandato de Lula. Enquanto a reforma tributária é uma prioridade alinhada entre Senado e Executivo, questões como a reeleição e a PEC do quinquênio geram conflito e resistência.
O embate entre os poderes se intensifica com pautas divergentes, como a possibilidade de impeachment de um ministro do STF se tornar tema eleitoral em 2026. Pacheco promete apoiar Lula contra um candidato bolsonarista, mas enfrenta oposição de parte dos parlamentares no Senado que buscam discutir pautas anti-STF. Enquanto a reforma tributária é celebrada, outras prioridades senatoriais encontram resistência do Executivo e do Judiciário, evidenciando um cenário de conflito e desgaste institucional.