O ouro fechou em alta e atingiu um novo recorde histórico nesta segunda-feira, impulsionado por tensões geopolíticas em meio à busca por ativos seguros. Analistas destacam que o metal precioso é visto como uma reserva de valor mais segura em momentos de incerteza global. Mesmo com uma dose de cautela em relação à perspectiva de alívio monetário nos Estados Unidos, o suporte para o ouro se mantém firme, com o metal acumulando um ganho de 8,94% no mês de março na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange.
No campo geopolítico, um ato de agressão de Israel contra o consulado do Irã em Damasco adicionou mais volatilidade aos mercados. Além disso, dados econômicos positivos dos Estados Unidos, como o aumento do PMI da indústria americana medido pelo ISM, contribuíram para o cenário de valorização do ouro. O índice superou a marca de 50 pela primeira vez em 16 meses, indicando uma expansão da atividade econômica, enquanto os dados da inflação PCE dos EUA alimentaram esperanças de uma possível redução das taxas de juros pelo Federal Reserve.
Apesar do movimento das taxas de juros dos Treasuries em alta, o ouro manteve sua trajetória ascendente, em parte devido à sua natureza de ativo seguro. O metal precioso continua atraindo investidores em busca de proteção em meio à volatilidade dos mercados e incertezas globais. Com o fechamento em alta de 0,84% e atingindo a marca de US$ 2.257,10 a onça-troy, o ouro reforça sua posição como um refúgio em momentos de instabilidade, mostrando sua resiliência diante de diversos fatores econômicos e geopolíticos.