O ouro atingiu mais um marco ao superar a marca de US$ 2.300 por onça-troy, impulsionado pela sua reputação como ativo de reserva em tempos de inflação. Além do interesse de bancos centrais, especialmente da China, investidores chineses estão buscando o metal dourado como uma alternativa atraente em meio à falta de outras opções. O metal precioso viu seu valor subir em meio ao recuo das taxas dos Treasuries de curto prazo e do dólar, após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
A Bank of America Securities destaca que os bancos centrais continuam a adicionar ouro às suas carteiras, com o Banco do Povo da China liderando esse movimento. O interesse pelo ouro também se reflete no mercado de varejo chinês, com vendas recordes de joias e importações não monetárias do metal. Os investidores estão buscando opções de compra com baixo delta, preferindo exposição ao rali do ouro de forma mais flexível diante da incerteza em relação à política monetária. A corretora projeta que o ouro possa atingir a marca de US$ 2.400.
O presidente do Fed indicou que a taxa de juros atingiu seu pico e que a redução pode ocorrer ainda este ano, dependendo dos indicadores econômicos. Com a economia mostrando vigor, o ouro continua a ser uma escolha atraente para investidores em busca de segurança em meio a um cenário de incertezas. A busca por ativos seguros como o ouro destaca a preocupação dos investidores com a direção da política monetária e a necessidade de opções de investimento mais flexíveis em um ambiente econômico volátil.