Durante a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas contundentes a banqueiros e empresários. Lula destacou a contradição de setores produtivos que recebem dinheiro do Estado, mas pressionam o governo por superávit primário. O presidente ressaltou a necessidade de o Estado atender à parcela da sociedade que realmente depende dele, apontando a disparidade tributária entre ricos e pobres no Brasil.
Durante seu discurso, Lula também abordou a questão da tributação no país, criticando a carga excessiva imposta aos trabalhadores de classe média baixa em comparação com a baixa tributação dos mais ricos. Além disso, o presidente lamentou a morte de crianças e adolescentes na Faixa de Gaza devido ao conflito entre Israel e Hamas, convidando os presentes a homenagear as vítimas. Lula também recordou os órfãos da pandemia de Covid-19 e criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a emergência de saúde global entre 2020 e 2022, chamando-o de irresponsável.
No contexto da conferência, as críticas de Lula ecoaram sua postura frequente em relação ao mercado e à questão tributária. O presidente enfatizou a importância de o Estado atender aos mais necessitados e não ceder a pressões de setores que, embora não dependam do governo, buscam benefícios financeiros. A avaliação negativa do governo junto aos agentes do mercado financeiro foi mencionada, sinalizando um ambiente de descontentamento.