A Polícia Civil de São Paulo prendeu os líderes de uma organização criminosa envolvida na importação de óleo de cannabis e na comercialização de cigarros eletrônicos para o consumo da droga. A operação conjunta, denominada Operação Refil Verde, revelou um complexo esquema de lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e crimes contra a saúde pública. A quadrilha, que contava com influenciadores digitais para divulgar os entorpecentes, operava através de contas bancárias de terceiros, empresas fantasmas e tecnologia para burlar a segurança de aplicativos bancários.
As investigações apontaram que o grupo criminoso importava óleo de cannabis dos Estados Unidos, disfarçando-o como ceras de depilação no Paraguai para introduzi-lo no Brasil. Em São Paulo, os criminosos manipulavam a droga, misturando-a a solventes e aromatizantes, para então envasá-la em refis de cigarros eletrônicos e outros recipientes. Além disso, a organização mantinha páginas na internet e contas em redes sociais, vendendo os produtos como remédios para diversas doenças, utilizando números internacionais para contato com os clientes.
A ação policial resultou na prisão dos líderes da quadrilha, sediados no interior de São Paulo, que gerenciavam o mercado ilícito de drogas remotamente, evitando contato direto com os entorpecentes. O esquema lucrativo, ainda em contabilização dos lucros milionários, contava com rede de contatos em diversos países e estratégias de proteção para evitar a descoberta da identidade do bando. A operação, que envolveu técnicas especiais de investigação e a colaboração do Coaf, identificou nove integrantes do grupo criminoso e solicitou o bloqueio de contas bancárias e apreensão de bens como medida cautelar.