Após anos de estagnação, a Itália emergiu como um motor econômico na Europa, registrando um crescimento significativo nos últimos anos. Sob o governo da ultradireitista Giorgia Meloni, a economia italiana tem prosperado, atraindo investimentos e impulsionando a bolsa de valores. No entanto, especialistas alertam que as bases desse crescimento podem ser frágeis, com o país enfrentando um aumento rápido do endividamento e dependendo fortemente de medidas de estímulo fiscal.
Apesar do sucesso econômico sob o governo de Meloni, as preocupações surgem em relação à sustentabilidade desse crescimento. O Superbonus 110, um programa de incentivo para a modernização energética de construções, tem impulsionado o setor de construção, mas também gerado inflação e aumentado os custos de materiais e mão de obra. Enquanto o governo reduziu os incentivos do programa, a dependência contínua dessas medidas pode representar um desafio para a economia italiana no longo prazo.
Para garantir a continuidade do crescimento econômico, a Itália conta com fundos significativos da União Europeia para auxiliar na reconstrução pós-pandemia. No entanto, especialistas alertam que o país precisa aproveitar esse período de bonança para implementar reformas estruturais e reduzir seu déficit orçamentário. Caso contrário, o tão aclamado “milagre econômico italiano” pode se dissipar rapidamente, deixando incertezas sobre o futuro da economia do país.