O Exército Brasileiro avalia de forma positiva a iminente venda da Avibras, empresa brasileira de defesa, para um grupo australiano. A transferência de controle é vista como uma oportunidade para garantir a continuidade de projetos estratégicos em parceria com as Forças Armadas, bem como assegurar a entrega de encomendas significativas, que estavam em risco devido à situação pré-falimentar da companhia. A parceria com a Avibras é fundamental para o Exército, especialmente no desenvolvimento do projeto Astros, que visa equipar a força com um sistema de foguetes de artilharia de alta precisão.
A venda da Avibras tem gerado preocupações e debates, sobretudo em relação à desnacionalização da empresa. Críticos e especialistas expressam receios, enquanto o Exército destaca os benefícios da operação, enfatizando a importância da Avibras como uma Empresa Estratégica de Defesa (EED). A classificação como EED proporciona benefícios fiscais e vantagens em licitações do Ministério da Defesa, garantindo a continuidade produtiva no país e limitando a influência estrangeira nas decisões da empresa.
Apesar dos questionamentos, a transferência de controle da Avibras para o grupo australiano DefendTex é vista como uma medida necessária para evitar a quebra da empresa e possíveis atrasos nos projetos estratégicos das Forças Armadas. O Exército ressalta a importância da manutenção da Avibras como uma empresa nacional, destacando a legislação que limita o poder de voto de acionistas estrangeiros, visando proteger os interesses estratégicos do Brasil no setor de defesa.