Os eleitores equatorianos apoiaram em sua maioria as propostas de segurança do presidente Daniel Noboa durante a consulta popular realizada no país. Resultados preliminares indicam que medidas como o apoio das Forças Armadas no combate ao crime organizado, aumento de penas para crimes graves e controle de armas nas ruas foram aprovadas. No entanto, questões econômicas polêmicas, como contratos de trabalho por hora e arbitragem internacional, foram rejeitadas.
A alta participação de 72% dos eleitores e a vitória de Noboa em 9 das 11 questões do plebiscito destacam a importância do referendo como um teste para sua gestão em meio à crise de violência e insegurança no país. Analistas veem o resultado como decisivo para o futuro político de Noboa, que poderá concorrer à reeleição nas eleições presidenciais e legislativas de fevereiro de 2025. O clima de insegurança no Equador, com altos índices de homicídios e crimes violentos, foi um dos principais motivadores para a realização da consulta popular.
O processo eleitoral ocorreu em um contexto de crise energética e violência crescente, com autoridades sendo vítimas de ataques fatais nos dias que antecederam o referendo. Noboa declarou o país em conflito armado interno e mobilizou as Forças Armadas para combater o crime organizado, em meio a um cenário de aumento de sequestros, agressões e extorsões. A rejeição de medidas como a arbitragem internacional e contratos de trabalho por hora reflete as divisões e desafios enfrentados pelo governo equatoriano em busca de soluções para seus problemas sociais e econômicos.