Durante evento em Recife, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os conservadores que se opõem à cultura e à arte no Brasil. Ao sancionar a lei que regulamenta o Sistema Nacional de Cultura (SNC), Lula defendeu a importância da Lei Rouanet, refutando a ideia de que a mesma seria destinada a “sustentar vagabundos”. Ele ressaltou a necessidade de combater a visão pejorativa sobre artistas e reforçou a relevância do novo sistema para preservar a cultura no país.
Em seu discurso, Lula destacou que a Lei Rouanet não se trata de um favor, mas sim de um incentivo que exige esforço por parte dos artistas para viabilizar seus projetos. O ex-presidente também abordou as dificuldades enfrentadas por artistas negros, ressaltando a importância de proporcionar oportunidades igualitárias para os mais pobres no acesso ao financiamento para suas expressões artísticas. Lula enfatizou a diversidade do povo brasileiro e a necessidade de valorizar a cultura como geradora de empregos e de impacto econômico significativo.
Para Lula, é fundamental reconhecer o papel da cultura na economia do país, destacando que muitas pessoas subestimam sua capacidade de gerar empregos. O ex-presidente ressaltou a complexidade e o trabalho envolvidos por trás de cada manifestação artística, evidenciando que a cultura representa quase 3% do PIB nacional. Ele enfatizou a importância de valorizar a diversidade cultural e de garantir oportunidades para todos os segmentos da sociedade, rejeitando a ideia de um país dominado por uma única classe social.