Ana Estrada, uma psicóloga peruana de 45 anos, faleceu no domingo (21) após receber autorização da Suprema Corte do Peru para realizar um procedimento de eutanásia, tornando-se a primeira pessoa no país a ter esse direito reconhecido. Ana, que sofria de uma doença degenerativa desde os 12 anos, escolheu exercer seu direito fundamental a uma morte digna e morreu nos seus próprios termos, em pleno controle da sua autonomia. O caso de Ana abriu caminho para que a Justiça peruana reconhecesse o direito de todos a morrer com dignidade, defendendo a liberdade de decidir sobre nossas vidas e nossos corpos.
A eutanásia de Ana Estrada foi realizada segundo o Plano e Protocolo de Morte Digna aprovado pelo Seguro Social de Saúde do Estado peruano, sem divulgação do método utilizado. Diagnosticada com polimiosite, uma doença incurável que causa fraqueza muscular progressiva, Ana usava cadeira de rodas desde os 20 anos. Sua advogada, Josefina Gayoso, destacou que Ana se tornou um símbolo dessa causa justa, que busca proteger a dignidade do indivíduo até o fim da vida. Em 2022, a Suprema Corte do Peru emitiu uma sentença reconhecendo o direito de Ana de morrer, marcando um importante avanço legal no país.
Durante todo o processo, Ana Estrada expressou sua gratidão às pessoas que apoiaram sua decisão e ecoaram sua voz. A autorização da eutanásia pelo Supremo Tribunal peruano em 2022 foi um marco na história do país, estabelecendo o direito de cada indivíduo a uma morte digna. Com a decisão da Justiça peruana e o respeito à vontade de Ana, o caso de Ana Estrada contribui para a discussão e o reconhecimento do direito à autonomia e dignidade no fim da vida.