O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) celebrou os 28 anos do massacre na Curva do S, em Eldorado dos Carajás, reafirmando sua luta pela reforma agrária. Em meio à jornada de Abril Vermelho, o MST realizou 30 ações em 14 estados, mobilizando mais de 20 mil famílias sem terra, com 24 ocupações em 11 estados. O movimento denuncia a existência de 105 mil famílias acampadas às margens de rodovias aguardando um pedaço de terra, destacando a importância da reforma agrária para a produção de alimentos saudáveis e a erradicação da fome no Brasil.
Na busca por soluções, o governo federal anunciou o programa Terra da Gente, que sistematiza alternativas legais para obtenção de terras para a reforma agrária, incluindo a transferência de áreas de grandes devedores da União. Com o objetivo de incluir 295 mil novas famílias no programa até 2026, a medida busca agilizar processos de aquisição de terras, além de recompor o orçamento para desapropriação, destinando R$ 520 milhões este ano. Apesar dos avanços, o Movimento destaca a redução do orçamento para a obtenção de terra e direitos básicos nos últimos anos, ressaltando a importância contínua da luta pela reforma agrária.
Neste contexto, a Curva do S se transformou em símbolo de resistência e espaço sagrado para o MST, que continua a promover atos políticos e religiosos em defesa de uma reforma agrária justa e sustentável. Enquanto o governo busca novas estratégias e investimentos, o movimento destaca a necessidade urgente de garantir terra e direitos básicos no campo, visando o desenvolvimento social, econômico e político do país. A conjuntura atual revela desafios e avanços na luta pela reforma agrária no Brasil, evidenciando a importância do movimento social na construção de um país mais justo e igualitário.