A Polícia Federal revelou que a milícia digital investigada conseguiu se reorganizar para contornar os bloqueios nas redes sociais, mesmo após determinações judiciais. O X, antigo Twitter, colaborou com dados sobre contas bloqueadas, porém permitiu que investigados continuassem usando a plataforma para transmissões ao vivo, desafiando as decisões da Justiça brasileira. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), exigiu explicações do X em relação às irregularidades apontadas.
A PF destacou que a milícia digital investigada expandiu suas operações internacionalmente, buscando escapar da jurisdição brasileira, com postagens que atacavam as instituições nacionais. Mesmo com 226 contas bloqueadas após ordens do STF e do Tribunal Superior Eleitoral, usuários brasileiros conseguiam seguir as contas suspensas e receber notificações de transmissões ao vivo. Alexandre de Moraes afirmou que a justiça combaterá a aliança entre abuso de poder econômico e políticos extremistas, empenhando-se em enfrentar essa ameaça.
Questionada pela investigação, a plataforma X informou ter recebido diversas ordens de bloqueio e suspensão de contas entre 2019 e 2024, mantendo a maioria das contas bloqueadas, exceto aquelas que foram posteriormente desbloqueadas por novas ordens judiciais. A empresa ressaltou seu compromisso com as decisões judiciais, mas os investigadores ressaltaram que brechas permitiram que os usuários brasileiros continuassem interagindo com as contas suspensas, desafiando as medidas impostas.