O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, assumiu a liderança nas negociações com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com o objetivo de impedir a instalação de uma CPI contra o Judiciário. Em articulação alinhada previamente com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, Moraes se reuniu com Lira para discutir estratégias e possíveis desdobramentos políticos.
Parlamentares próximos à situação especulam que Lira poderá desistir de criar a CPI de Abuso de Autoridade do Judiciário, como forma de evitar um isolamento político. A postura mais conciliatória do presidente da Câmara em relação ao Judiciário, em comparação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sugere uma estratégia de evitar confrontos simultâneos com os Poderes Executivo e Judiciário. Enquanto isso, um Grupo de Trabalho (GT) das prerrogativas parlamentares busca proteger deputados e senadores, contando com apoio inclusive de líderes governistas.
Em um cenário político marcado por tensões e alianças estratégicas, a atuação de Moraes e as movimentações de Lira revelam um jogo de equilíbrio e negociações nos bastidores do Congresso Nacional. A possibilidade de evitar a instalação da CPI e a manutenção do diálogo entre os Poderes indicam um cenário de cautela e pragmatismo político em meio a um ambiente de pressões e interesses divergentes.