Ministros do Palácio do Planalto têm aconselhado o presidente Lula a organizar agendas com líderes evangélicos, visando ampliar o diálogo e quebrar a resistência desse eleitorado. A cúpula do governo considera essencial se aproximar de pastores com voz política, assim como já fez com empresários do agronegócio, diante da queda de popularidade do presidente nas pesquisas. Ainda que o presidente mantenha a resistência em privilegiar uma religião sobre as outras, o governo busca promover diretamente suas políticas públicas através dessa estratégia.
Entre os temas a serem discutidos nessa aproximação estão a negociação das isenções das prebendas e a PEC da imunidade tributária a igrejas. Apesar de já ter convidado líderanças religiosas para agendas pelo país, incluindo peças publicitárias direcionadas a esse público, o movimento ainda é considerado tímido. Lula, por sua vez, mantém o foco em investir em serviços à população como estratégia principal, acreditando que beneficiando a população em geral, também alcançará os religiosos.
A resistência à aproximação com líderes evangélicos é atribuída à postura do próprio presidente, que enfatiza a importância de não privilegiar nenhuma religião específica. Enquanto o governo busca formas de melhorar sua popularidade e promover suas políticas através desse diálogo, Lula permanece focado em investir em serviços públicos como meio de impactar positivamente a população como um todo, incluindo os religiosos.