O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Acre, está investigando um caso de ameaça envolvendo um ex-prefeito de Feijó contra um desembargador do Tribunal de Justiça após ter uma condenação por improbidade administrativa mantida. O ex-gestor teria proferido ameaças em frente à equipe do gabinete do desembargador, mencionando inclusive a possibilidade de levar o magistrado “para o buraco” e insinuando que seu irmão, que possuía arma de fogo, poderia ser o executor do crime.
A operação, denominada Algar, resultou na realização de mandados de busca e apreensão contra o ex-prefeito e seu irmão, culminando na apreensão de duas armas de fogo – um revólver calibre 38 e uma carabina. As armas tiveram posse e porte suspensos durante a continuidade das investigações. O nome da operação faz referência a um sinônimo da palavra cova, em alusão à ameaça feita pelo ex-prefeito, sendo destacada pelo coordenador do Gaeco como um atentado ao estado democrático de direito.
O Gaeco reforçou a gravidade do caso, enfatizando a necessidade de proteger o estado democrático de direito e repudiando qualquer tipo de intimidação ou ameaça a autoridades do poder judiciário ou de outras instituições. O promotor Bernardo Albano salientou que tais atitudes representam um risco ao próprio estado democrático. A operação Algar, realizada em parceria com a Polícia Militar, busca assegurar a integridade das instituições e a ordem democrática diante de ameaças e condutas inadequadas.