O Ministério do Esporte registrou um aumento expressivo na procura por patrocínio a projetos esportivos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. De acordo com a diretora de Programas e Políticas de Incentivo ao Esporte, Isania Cruvinel Sanchez, o número de propostas apresentadas quase dobrou de 2022 para 2023, passando de pouco mais de 3 mil para quase 5,8 mil. Metade dessas propostas foi autorizada a captar um total de R$ 3,2 bilhões junto às empresas, resultando em um montante de quase R$ 1 bilhão efetivamente recebido.
Empresas como Shell Brasil, Instituto John Deere e Fundação Vale estão investindo significativas quantias em projetos esportivos, utilizando a Lei de Incentivo ao Esporte como meio de fomentar a inclusão social e a cidadania. A Shell Brasil, por exemplo, destinou R$ 82,6 milhões em 2024 para projetos culturais e esportivos, enquanto o Instituto John Deere investiu R$ 90 milhões em projetos sociais em 2023, sendo R$ 18 milhões direcionados ao esporte. Já a Fundação Vale alocou R$ 110 milhões em 130 projetos através da referida lei, contando com uma plataforma própria para recebimento de propostas e um comitê interno para seleção dos beneficiados.
A legislação brasileira permite que as empresas deduzam até 100% dos aportes em projetos esportivos do imposto de renda devido, incentivando assim o investimento privado nesse setor. O deputado Augusto Puppio promoveu um debate na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados com o intuito de incentivar mais empresas a colaborarem com projetos esportivos, destacando a importância da lei de incentivo ao esporte como meio de promover não apenas a saúde, mas também a inclusão social através do esporte.