O ministro Alexandre Silveira solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica a abertura de um processo administrativo para investigar as falhas da Enel, distribuidora de energia da Região Metropolitana de São Paulo. Ele mencionou os apagões ocorridos em novembro de 2023, assim como os mais recentes no Centro da cidade, destacando o aumento no número de clientes que ficam mais de 24 horas sem luz. O ministro levantou até mesmo a possibilidade de cancelar a concessão da empresa.
A Enel defendeu-se afirmando que cumpre integralmente suas obrigações contratuais e regulatórias, investindo na modernização da rede, na melhoria dos canais de comunicação com os clientes e no aumento do quadro de funcionários. A empresa declarou estar investindo significativamente no Brasil, com uma média de R$ 1,4 bilhão por ano e um total previsto de R$ 18 bilhões até 2026. No entanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica já possui dois processos em andamento para avaliar a capacidade da distribuidora de cumprir a concessão e corrigir as falhas no serviço.
Diante da gravidade das falhas no fornecimento de energia, o Ministério de Minas e Energia determinou a abertura de um processo disciplinar contra a Enel na Aneel. O governo mencionou a possibilidade de cancelar o contrato da empresa e solicitou uma investigação rigorosa sobre as falhas em São Paulo. A situação evidencia a preocupação das autoridades com a qualidade do serviço prestado pela Enel e a necessidade de garantir um fornecimento adequado e confiável de energia para a população da região metropolitana.