O Ministério da Saúde implementou uma descentralização na distribuição de soro antiofídico em terras indígenas brasileiras, começando por sete distritos sanitários especiais indígenas no Amazonas. A medida tem como objetivo aumentar os pontos de atendimento e reduzir o tempo de socorro para vítimas de acidentes com animais peçonhentos, como serpentes. A mudança visa diminuir os riscos de morte e sequelas permanentes, priorizando os distritos indígenas devido à maior vulnerabilidade dessa população a esse tipo de acidente.
A reestruturação inclui investimentos em caixas térmicas, freezers para transporte e acondicionamento do soro, bem como no treinamento de profissionais de saúde. Os distritos indígenas estão recebendo equipamentos adequados, como câmaras refrigeradas elétricas e solares, para armazenamento dos imunobiológicos. Além disso, o Ministério da Saúde planeja aumentar o número de produtores credenciados para fabricação do soro antiofídico, visando chegar a três laboratórios até 2025.
A previsão do governo federal é expandir essa mudança para todos os estados da Região Norte, que registram o maior número de casos e óbitos por acidentes com animais peçonhentos. Os casos graves continuarão sendo encaminhados para hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS). Com essas medidas, busca-se melhorar a resposta e a eficiência no atendimento a vítimas de acidentes com animais peçonhentos, visando salvar vidas e reduzir as sequelas decorrentes desses incidentes.