O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, enfatizou a importância de perseguir a meta de inflação do Brasil, de 3%, sem questionamentos, durante um evento em São Paulo. Ele destacou que a meta não é para ser debatida, mas sim alcançada, defendendo que o BC deve seguir as metas estabelecidas pelo poder democraticamente eleito. Galípolo respondeu a questionamentos sobre a viabilidade de atingir a meta diante da situação fiscal do país, ressaltando que a dúvida tem sido recorrente no mercado desde o ano anterior.
Gabriel Galípolo também abordou a influência da curva de juros dos EUA sobre a inflação doméstica, indicando que o Banco Central busca compreender esse efeito antes de decisões futuras. Ele mencionou a redução dos balanços dos bancos centrais e a possibilidade de juros mais altos, destacando a importância de entender a duração do período em que os juros precisarão permanecer elevados. O diretor do BC alertou para a competição por capital diante da persistência dos juros norte-americanos em patamares elevados, apontando desafios adicionais relacionados à rolagem da dívida dos EUA.
Em meio a idas e vindas no mercado financeiro, Gabriel Galípolo reforçou a necessidade de perseguir a meta de inflação estabelecida, enfatizando a importância da determinação inicial. Ele observou que a incerteza quanto à possibilidade de cumprir o alvo tem variado, mas ressaltou a responsabilidade do BC em seguir a meta definida. O diretor destacou também a relação entre a pressão nos juros dos Treasuries e os leilões do Tesouro dos EUA, sinalizando um aumento na demanda por rolagem de dívida nos Estados Unidos.