Um incidente durante a final do Campeonato Sergipano de Futebol levantou preocupações sobre os programas de reconhecimento facial, com especialistas alertando para potenciais efeitos negativos na população negra. O jovem personal trainer João Antônio Trindade Bastos foi algemado e levado pela polícia após ser erroneamente identificado como um criminoso pelo sistema. O erro, que resultou em constrangimento público, levou o governo do estado a suspender o uso do programa.
Especialistas criticam a forma como esses programas são desenvolvidos, apontando para viés racial nos algoritmos de reconhecimento facial. Pesquisas mostram que algoritmos de grande escala nos EUA erram significativamente mais ao identificar mulheres negras em comparação com homens brancos. O caso em Sergipe levou à suspensão do sistema no estado, com autoridades locais revisando abordagens para evitar situações como a enfrentada por João Antônio.
Com a suspensão do sistema de reconhecimento facial em Sergipe e a revisão das abordagens em andamento, o debate sobre os riscos e impactos na população negra ganha destaque. O incidente na final do Campeonato Sergipano destaca a necessidade de garantir que tais tecnologias sejam desenvolvidas de forma ética e sem viés racial, a fim de evitar equívocos e injustiças que possam prejudicar indivíduos inocentes, como no caso de João Antônio.