A juíza do caso concedeu um prazo de 15 dias para um hospital no Peru cumprir uma decisão judicial que dá a María Teresa Benito Orihuela, paciente de 66 anos com Esclerose Lateral Amiotrófica, o direito de não receber tratamento médico que a mantém viva artificialmente. Doze médicos se recusaram a desligar os aparelhos, alegando objeção de consciência por motivos religiosos. Enquanto isso, o país viu o primeiro caso de eutanásia autorizada pela Suprema Corte, envolvendo a psicóloga Ana Estrada, que morreu dignamente no último domingo.
A advogada de María Teresa Benito critica a recusa dos médicos, ressaltando que o caso da paciente não demanda um protocolo específico para cumprir a decisão judicial. Enquanto isso, Ana Estrada, que sofria de polimiosite, tornou-se a primeira pessoa no Peru a receber eutanásia, exercendo seu direito fundamental a uma morte digna. A decisão da Suprema Corte peruana reconheceu o direito de Ana de morrer, marcando um marco histórico no país.
A Esclerose Lateral Amiotrófica, doença incurável e degenerativa, afeta pacientes como María Teresa Benito, levando a fraqueza muscular progressiva e perda de autonomia. Enquanto casos como o de Ana Estrada chamam a atenção para o debate sobre a eutanásia e o direito à morte digna, a Justiça peruana enfrenta desafios em garantir a implementação de decisões judiciais relacionadas à saúde e ao fim da vida, em meio a questões éticas e religiosas que permeiam o sistema de saúde do país.