Uma fazenda localizada no distrito de Domélia, em Agudos (SP), foi ocupada por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). O MST alega que a área de 850 hectares é improdutiva e pública, enquanto o proprietário, a Empresa Zilor Energia e Alimentos, afirma que parte da terra é legalmente arrendada para o cultivo de cana-de-açúcar. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também reivindica a propriedade do terreno, gerando um conflito de interesses.
Durante a ocupação, cerca de 300 famílias ligadas ao MST reivindicaram a destinação das terras para a formação de assentamentos, como parte da Jornada Nacional em Defesa da Reforma Agrária. Enquanto isso, a Polícia Militar acompanhou a ação e identificou a presença dos manifestantes no local. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou interesse em identificar terras disponíveis para a reforma agrária de forma pacífica, em meio a um contexto de ocupações do MST pelo país.
A ocupação da fazenda Suinã em Agudos evidencia um embate entre o MST, a Empresa Zilor e o Incra quanto à titularidade e destinação das terras. Enquanto o MST defende a utilização das terras para assentamentos, o proprietário alega que parte da área é produtiva e legalmente arrendada. O conflito sobre a posse e uso da terra reflete as tensões em torno da reforma agrária no Brasil, em um cenário marcado por ocupações e disputas fundiárias.