O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de terem instalado bases militares secretas em Essequibo, na Guiana, durante uma cerimônia no Palácio Federal Legislativo, em Caracas. Maduro promulgou uma lei que anexa o território guianense à Venezuela, afirmando ter informações de que núcleos militares do Comando Sul e da CIA foram estabelecidos para preparar ataques contra a população venezuelana.
A nova Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo, promulgada por Maduro, impede apoiadores do governo da Guiana de ocuparem cargos públicos ou eletivos, visando proteger a Venezuela contra críticos da anexação do território. A legislação, composta por 39 artigos, regulariza a fundação da Guiana Essequiba e foi proposta pela Assembleia Nacional após um referendo no qual 95% dos eleitores presentes votaram a favor da incorporação do território à Venezuela.
Após o referendo consultivo em dezembro, Maduro assegurou que a decisão tomada pelo povo venezuelano será cumprida integralmente. Enquanto a Guiana defende sua soberania e afirma que suas fronteiras não estão sujeitas a discussão, os Estados Unidos expressaram apoio à posição guianense. Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, destacou a necessidade de uma resolução pacífica. A controvérsia envolvendo Essequibo, que corresponde a dois terços do território guianense, continua a gerar tensões diplomáticas na região.