O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, reconheceu seu equívoco ao se referir a Alexandre Padilha como desafeto pessoal e incompetente, durante uma entrevista ao programa Conversa com Bial. Lira admitiu que expôs de forma inadequada sua insatisfação com o ministro das Relações Institucionais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, o presidente da Câmara criticou os excessos do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o Judiciário tem se sobreposto às prerrogativas do Legislativo.
Questionado sobre as ações de Padilha, Arthur Lira foi cauteloso em sua resposta, afirmando que houve diversas situações, mas que o assunto seria tratado com cuidado. Ele também defendeu a restrição de quem pode ingressar com Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), argumentando que tais recursos tumultuam a relação entre os Poderes. Além disso, Lira negou ter influenciado a votação que manteve a prisão de Chiquinho Brazão, destacando que a decisão foi individual e não influenciada por interesses políticos.
Na entrevista, Arthur Lira também abordou a possível instalação de novas CPIs na Câmara dos Deputados, ressaltando que a decisão será tomada em acordo com os líderes partidários. Ele enfatizou que não se deve pressionar nenhum governo com CPIs e negou ser antagonista do governo Lula, garantindo que nunca atuou para criar obstáculos aos chefes do Executivo. A postura do presidente da Câmara evidencia um cenário político marcado pela necessidade de diálogo e equilíbrio entre os Poderes.