A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê aumento salarial de 5% a cada cinco anos para membros do Judiciário e do Ministério Público está em análise no Senado, gerando debate acalorado entre líderes políticos. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, criticou a proposta, alertando para o impacto fiscal que poderia representar um custo bilionário para o país. Enquanto ele argumenta que a PEC do Quinquênio poderia quebrar o país e os estados, outros defendem a medida como uma forma de valorização das carreiras no setor.
A proposta, conhecida como PEC do Quinquênio, resgata um benefício extinto em 2006 e que foi recentemente retomado para o Judiciário. O debate no Congresso gira em torno do impacto financeiro da medida, com estimativas variando entre R$ 6 bilhões e R$ 42 bilhões anuais. Enquanto o líder do governo no Senado alerta para o alto custo fiscal, o líder no Congresso menciona estudos que apontam para um impacto menor, mas ainda significativo. A possibilidade de um efeito cascata e pressão sobre o Orçamento público em todos os níveis preocupa o Planalto, que atua contra a proposta.
Diante das divergências, líderes políticos se posicionam de forma contrária ou favorável à PEC do Quinquênio, revelando um embate intenso sobre a medida no cenário político nacional. Enquanto José Guimarães adianta que votará contra a proposta caso ela passe pelo Senado, outros defendem a importância de reajustes periódicos para as carreiras do Judiciário e do Ministério Público. O desfecho desse debate terá consequências significativas para as finanças públicas, gerando incerteza sobre o futuro da proposta no Congresso.