Indígenas da etnia Pataxó estão em meio a um embate para evitar o leilão de uma área de aproximadamente 6 hectares, avaliada em R$ 90 milhões, localizada em Trancoso, distrito turístico de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. A comunidade argumenta que o terreno em questão é habitado por eles, o que os motiva a buscar a suspensão do leilão. A região em destaque, situada entre as foz dos rios Frades e Verde, é considerada de alto valor na localidade.
Os Pataxós se mobilizaram para contestar o leilão programado para ocorrer online, em duas etapas, nesta segunda-feira, com lances iniciais a partir de R$ 54 milhões, valor inferior à avaliação do terreno. A defesa dos indígenas interpôs uma liminar que será analisada pela Justiça Federal, na subseção de Eunápolis, também nesta segunda-feira, com o intuito de interromper o processo de leilão. A ação judicial visa proteger os interesses e direitos da comunidade Pataxó diante da iminente transação da terra.
O desfecho do embate entre os indígenas Pataxós e os organizadores do leilão permanece incerto, aguardando a decisão da Justiça Federal em relação à liminar solicitada. A comunidade nativa luta para preservar seu território e modo de vida, em meio a um contexto em que interesses econômicos e territoriais se confrontam. O desenrolar deste impasse terá impactos significativos não apenas para os Pataxós, mas também para a preservação ambiental e a proteção dos direitos indígenas no Brasil.