O governo de São Paulo está promovendo o leilão que selará a privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), com a divulgação dos valores das propostas na B3. O leilão em lote único abrange 14,7 milhões de ações, com um lance mínimo de R$ 776,89 milhões. A Emae, detentora de um sistema hidráulico e gerador de energia elétrica na Região Metropolitana de São Paulo, está entre as empresas selecionadas para privatização no estado.
A privatização da Emae ocorre em meio a debates sobre a venda da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O Projeto de Lei nº 163/2024, que propõe a privatização da Sabesp, foi aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas. Movimentos sociais se opõem à privatização, argumentando que o acesso ao saneamento básico é um direito fundamental e que a privatização pode piorar e encarecer os serviços. O governador afirmou que a privatização não aumentaria os preços dos serviços e visa atrair investimentos para acelerar as metas de universalização até 2033.
Enquanto a Emae passa pelo processo de privatização, a Sabesp, que atende a 27 milhões de pessoas em São Paulo, está no centro de discussões sobre a continuidade de seu papel no abastecimento de água e saneamento. Audiências na Câmara Municipal de São Paulo debatem esse tema, com manifestações programadas. O governo busca atrair investimentos para melhorar os serviços de água e esgoto, mas enfrenta resistência de grupos que defendem a manutenção do caráter público dessas empresas devido à importância do acesso à água e ao saneamento para a população.