A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra 19 pessoas, tornando-as réus na Operação Fim da Linha. Os acusados são suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no transporte público de São Paulo, através das empresas de ônibus Upbus e Transwolff. Os crimes incluem organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita, mas os nomes dos acusados não foram revelados devido ao sigilo da operação.
Notícias relacionadas apontam que a operação resultou na prisão de sete pessoas, apreensão de armas, munições, dinheiro e outros itens. Segundo a denúncia do Ministério Público, indivíduos ligados ao PCC teriam injetado mais de R$ 20 milhões em recursos ilícitos em uma cooperativa de transporte que se tornou a Upbus. Na Transwolff, outros dez denunciados teriam cometido crimes como apropriação indébita, extorsão e lavagem de dinheiro, movimentando cerca de R$ 54 milhões provenientes do tráfico de drogas.
As empresas envolvidas, Upbus e Transwolff, foram alvo de intervenção municipal após a revelação dos crimes. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, decretou a intervenção, informando que a prefeitura assumiria o controle das linhas das empresas. Os acusados teriam utilizado o serviço de transporte público para ocultar a origem ilícita de capitais provenientes de atividades criminosas, visando inclusive participar de licitações públicas.