A Justiça do Uruguai impôs restrições a um professor, Martín Guadalupe, após denúncias de discurso racista, xenofóbico e discriminatório contra negros brasileiros em sala de aula. Os alunos do terceiro ano do Polo Educacional Tecnológico de Rivera se sentiram humilhados pelas declarações, levando à intervenção judicial. Martín Guadalupe foi proibido de se aproximar a menos de 300 metros dos denunciantes e de se comunicar com eles por 120 dias.
A denúncia original foi feita em maio de 2023 e a decisão judicial foi divulgada recentemente. A juíza Ivana Cantera determinou as medidas provisórias contra o professor, filho do deputado Eduardo Guadalupe, do Partido Nacional uruguaio. Martín Guadalupe foi acusado de incitação ao ódio, desprezo ou violência contra certas pessoas, gerando repercussão na imprensa local.
As declarações de Martín Guadalupe geraram indignação entre os estudantes, especialmente os negros e brasileiros na sala de aula, que se sentiram discriminados e humilhados. A defesa do professor argumentou que o conteúdo principal do discurso não era sobre cor da pele, mas a Justiça uruguaia determinou as restrições como medida contra o discurso de ódio. O caso envolve questões de racismo, xenofobia e discriminação, destacando a importância do combate a essas práticas no ambiente educacional.