A Justiça Federal determinou a prorrogação da detenção do ex-policial militar Ronnie Lessa no presídio federal em Campo Grande por mais um ano, estendendo seu tempo de permanência até março de 2025. Lessa é acusado de ser o executor do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, no Rio de Janeiro. A decisão foi proferida pelo juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, corregedor da penitenciária, após o término do prazo anterior em 21 de março deste ano.
Notícias relacionadas revelam que Lessa, um dos delatores do caso Marielle, apontou os irmãos Brazão como os mandantes do assassinato, sendo eles Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Chiquinho Brazão, deputado federal. Ambos foram presos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e também estão em presídios federais. A defesa dos acusados nega as alegações, enquanto Lessa enfrenta diversos processos na 4ª Vara Criminal da capital caso seu prazo de detenção não fosse renovado, obrigando-o a retornar ao sistema penal do Rio.
A renovação da detenção de Ronnie Lessa destaca como as investigações do caso Marielle continuam a revelar novos desdobramentos. Com a permanência do acusado no presídio federal em Campo Grande, a justiça busca esclarecer o envolvimento dos irmãos Brazão no homicídio da vereadora, conforme apontado pelo próprio Lessa em seu depoimento. A decisão do juiz federal em estender o tempo de prisão de Lessa demonstra a seriedade com que o caso é tratado e a busca por justiça no desfecho desse crime que chocou o país.