A Justiça de São Paulo deferiu o pedido de recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia, visando reestruturar dívidas estimadas em R$ 4,1 bilhões. A decisão, proferida pelo juiz Jomar Amorim, suspende as execuções contra a empresa movidas por credores abrangidos pelo plano por 180 dias. Com a aceitação do pedido, as ações da Casas Bahia tiveram um salto de quase 35% e analistas de mercado destacaram a medida como um passo crucial para a reestruturação da companhia.
A recuperação extrajudicial difere da recuperação judicial, pois permite à empresa renegociar parte específica de suas dívidas diretamente com os principais credores, antes de ser homologada pelo judiciário. No caso da Casas Bahia, o plano de reestruturação envolve o alongamento e renegociação de dívidas financeiras com Bradesco e Banco do Brasil, sem impactar clientes, fornecedores e colaboradores. Com a reestruturação, a empresa busca uma melhora significativa em seu fluxo de caixa nos próximos anos, mantendo o foco na rentabilidade e eficiência operacional, segundo o presidente Renato Franklin.
O pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia faz parte de um plano de transformação iniciado em 2023, que envolve o fechamento de lojas e demissão de funcionários. O objetivo é reduzir custos, melhorar a rentabilidade e otimizar o mix de produtos. Com a reestruturação, a empresa busca garantir uma perspectiva de crédito mais favorável, flexibilidade nas relações com fornecedores e seguradoras, e um novo fluxo de caixa que traz maior segurança contra volatilidades do mercado.