O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), voltou a criticar a Proposta de Emenda à Constituição que institui a parcela mensal de valorização por tempo de serviço dos magistrados e do Ministério Público, conhecida como PEC do Quinquênio. Wagner destacou que a medida é considerada “vegetativa” e não estimula a melhoria da qualidade dos serviços públicos, enfatizando a importância de discutir alternativas que valorizem as carreiras jurídicas de forma mais eficaz.
Em suas declarações, Wagner ressaltou a relevância da responsabilidade fiscal e alertou para o impacto direto nas contas dos estados caso a PEC do Quinquênio seja implementada. O senador defendeu a necessidade de aprofundar as discussões sobre o tema e abordá-lo sob uma nova perspectiva, levando em consideração as queixas de setores do Judiciário sobre a compressão salarial ao longo da carreira. Ele enfatizou a importância de encontrar soluções que valorizem os servidores públicos sem comprometer o equilíbrio financeiro das instituições.
A Proposta de Emenda à Constituição do Quinquênio busca criar uma parcela mensal compensatória por tempo de exercício para agentes públicos de carreiras jurídicas, sem integrar o cálculo do teto constitucional. O relator da proposta, senador Eduardo Gomes (PL-TO), incluiu emendas que estendem o benefício remuneratório a outras categorias do serviço público, como membros da Advocacia Pública, Defensoria Pública, delegados, ministros e conselheiros de Tribunais de Contas. A discussão em torno da PEC do Quinquênio continua suscitando debates e reflexões sobre a valorização e a remuneração dos servidores públicos no Brasil.