Israel está preocupado com a possibilidade de o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de prisão contra membros do governo em relação à guerra contra o Hamas em Gaza. O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, alertou as embaixadas israelenses sobre o risco de antissemitismo severo caso isso ocorra. Autoridades israelenses temem que altos funcionários, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, possam ser alvo de mandados de prisão por supostas violações do direito humanitário internacional.
Em meio a relatos de que o TPI poderia em breve emitir mandados de prisão, Netanyahu afirmou que isso não afetará as ações de Israel, mas estabelecerá um precedente perigoso. O Hamas também está sob investigação, com possíveis mandados de prisão para seus líderes sendo considerados. Israel não é membro do TPI e não reconhece sua jurisdição, mas os territórios palestinos foram admitidos como estado membro em 2015, permitindo a investigação de crimes cometidos na região.
O TPI, sediado em Haia, está investigando ativamente possíveis crimes de guerra cometidos por combatentes do Hamas e forças israelenses em Gaza. Desde o ataque do Hamas em outubro, seguido pela ofensiva militar de Israel, houve milhares de mortes e uma crise humanitária em Gaza. O caso no TPI é distinto do processo de genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, também em Haia, destacando a complexidade e as ramificações legais desses conflitos na região.