O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, promulgou uma lei para criar uma província da Venezuela em Essequibo, território internacionalmente reconhecido como pertencente à Guiana. Caso Maduro opte por uma ação militar para tomar Essequibo, a rota terrestre viável passa pelo Brasil, atravessando a BR-401. No entanto, especialistas consideram improvável uma invasão venezuelana, destacando a presença de cerca de 5 mil militares brasileiros em Roraima como um fator dissuasório.
A região de Essequibo, alvo de disputa entre Venezuela e Guiana, possui 790 km de fronteira com o Brasil, onde vivem 141 mil brasileiros, incluindo 37 mil indígenas. Apesar da preocupação local com um possível conflito, a atividade econômica na região é impulsionada pelo comércio, turismo e garimpo ilegal. O Brasil mantém 12 bases militares em Roraima e reforçou a segurança com o envio de veículos blindados e tropas, caso haja necessidade de defesa.
A hipótese de uma ação militar venezuelana contra a Guiana é considerada remota, uma vez que as dificuldades geográficas na fronteira, como a densa mata, limitam a passagem de veículos blindados. A ligação terrestre entre Brasil e Guiana é apontada como a única alternativa viável nesse cenário. Embora haja preocupações locais e envolvimento das Forças Armadas brasileiras, a possibilidade de um conflito armado na região é vista como improvável pelos especialistas consultados.