Três influenciadoras digitais foram presas pela Polícia Civil do Distrito Federal sob a acusação de importar óleo de maconha para uso em cigarros eletrônicos. A operação visava desmantelar uma rede criminosa que realizava lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e crimes contra a saúde pública. A organização, que misturava o óleo de maconha com solventes e aromatizantes, vendia a droga como diferentes genéticas de maconha, ocultando sua verdadeira composição.
Profissionais de tecnologia do Rio de Janeiro eram responsáveis por construir plataformas digitais para a venda dos produtos ilícitos e colaboravam com a lavagem de dinheiro. Através da automatização dos pagamentos e uso de documentos falsos, o grupo expandiu suas operações, contando com influenciadores digitais de diversas regiões do Brasil para promover os produtos. A mercadoria era adquirida nos Estados Unidos, entrava no Brasil pelo Paraguai e era posteriormente manipulada em São Paulo para ser distribuída, inclusive em refis de cigarros eletrônicos personalizados com a logomarca da quadrilha.
Os líderes do bando, baseados no interior de São Paulo, operavam o comércio ilícito de forma remota para evitar rastreamento, direcionando as drogas a traficantes e usuários. A organização responderá por crimes como tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsificação de documentos. A polícia ressaltou a estratégia do grupo de explorar o descontrole das redes sociais para expandir seus ganhos milionários e ampliar a rede de contatos em diversos países, além de utilizar alegações de funções ‘terapêuticas’ para os produtos, caracterizando uma falsa propaganda.