O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a crescente relevância da proposta de taxação de super-ricos em âmbito global, enfatizando seu potencial para contribuir na construção de um futuro comum mais promissor diante de desafios geopolíticos. Durante uma reunião em Washington, Haddad ressaltou a importância de elevar fundos por meio da taxação de super-ricos e de direcionar tais recursos para enfrentar questões como a transição climática e a pobreza, temas que serão discutidos em um jantar do G20.
Haddad reconheceu a falta de consenso no G20 em relação ao imposto sobre bilionários, incentivando uma abertura para o debate sobre o assunto. Além disso, o ministro ressaltou a presença da economista Esther Duflo no jantar, destacando os esforços do Brasil em buscar soluções para a questão. A proposta de taxar pessoas com alto patrimônio líquido em pelo menos 2% de seu patrimônio anualmente, sugerida por Gabriel Zucman, poderia gerar uma receita significativa para lidar com a mudança climática, conforme estimado.
Em relação às metas fiscais do Brasil, Haddad mencionou que o governo está monitorando o avanço de medidas de interesse governamental no Congresso, visando aumentar a arrecadação. A possibilidade de alcançar um consenso sobre a taxação de super-ricos até o final do ano foi destacada como algo extraordinário e histórico pelo ministro, que enfatizou a importância desse debate para enfrentar desafios globais.