O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decidiu suspender o gabinete binacional entre seu país e o Equador em meio a controvérsias geradas pela operação policial equatoriana na Embaixada do México em Quito. Petro classificou a ação como grave e destacou a necessidade de reconstruir o direito internacional para a promoção da paz mundial. O mecanismo de cooperação, estabelecido em 2012, foi interrompido sem respostas claras sobre possíveis impactos nas relações bilaterais.
Neste contexto tenso, o ex-vice-presidente Jorge Glas, alvo da operação na embaixada, alega ser vítima de perseguição política, enquanto o governo equatoriano, liderado por Daniel Noboa, defende a ação com base em condenações por crimes de associação ilícita e suborno. A crise diplomática se agravou com o rompimento das relações entre México e Equador, seguido de uma ação judicial apresentada perante a Corte Internacional de Justiça. A comunidade internacional, incluindo a Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou a incursão na embaixada, ressaltando possíveis violações da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Enquanto o governo equatoriano mantém sua posição firme, o presidente colombiano, ao suspender o gabinete binacional, sinaliza uma ruptura nas relações de cooperação entre os dois países. A falta de respostas oficiais por parte das autoridades colombianas e equatorianas gera incertezas sobre os desdobramentos futuros desse impasse diplomático, que envolve questões legais, políticas e de direitos humanos, impactando não apenas as relações entre os governos, mas também a estabilidade na região.