A recente promulgação de uma lei na Venezuela permitindo a anexação do território de Essequibo, disputado com a Guiana, gerou uma escalada de tensões na região. A Venezuela alega que a região, que representa dois terços do território guianês, pertence a ela, enquanto a Guiana contesta essa reivindicação. Após a realização de um referendo em 2023, que resultou na aprovação da anexação por parte da população venezuelana, o governo guianês reagiu veementemente, afirmando que não permitirá a anexação, apreensão ou ocupação de seu território soberano.
A disputa por Essequibo remonta a mais de um século e envolve questões históricas e legais complexas. Em 2015, a descoberta de reservas significativas de petróleo na região intensificou ainda mais o conflito, dada a importância estratégica e econômica do território. Apesar de um acordo assinado em 2023 entre os dois países proibindo ameaças e o uso da força no conflito, a situação atual evidencia a fragilidade desse compromisso e a persistência das tensões entre Venezuela e Guiana em relação a Essequibo.
A comunidade internacional, representada por organismos como a ONU e a OEA, é instada a intervir e mediar a disputa entre Venezuela e Guiana, a fim de evitar uma escalada para um conflito armado na região. A resolução pacífica desse impasse é crucial para a estabilidade e a segurança na América Latina, reforçando a importância do diálogo e do respeito ao direito internacional para a solução de disputas territoriais entre os países da região.