As negociações entre Brasil e Paraguai em relação à tarifa de energia da usina hidrelétrica de Itaipu estão em destaque. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, busca contrapartidas do Paraguai para qualquer concessão feita pelo Brasil, com o objetivo de garantir previsibilidade nas tarifas de serviços. O impasse gira em torno do valor a ser cobrado pelo megawatt-hora (MWh), com os paraguaios buscando US$ 22 e os brasileiros defendendo US$ 16,71.
O Brasil propõe antecipação na negociação de regras de venda da energia e estabelecimento de prazos para o Anexo C do Tratado de Itaipu. Apesar das discussões, o ministro Silveira ressalta a importância de manter a tarifa em US$ 16,71, sem admitir aumento. A tarifa provisória definida pela Aneel em US$ 17,66 por quilowatt-hora (Kwh) tem impacto nos reajustes das distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste que compram energia de Itaipu.
Com otimismo em relação a um desfecho em breve, Silveira destaca a relevância da energia de Itaipu para ambos os países, ressaltando que a tarifa de serviços, também conhecida como Custo Unitário de Serviços de Eletricidade (Cuse), cobre os custos de administração, operação e manutenção da usina, além de repasses em royalties e participações governamentais. As próximas semanas prometem ser decisivas para o desfecho dessas negociações que envolvem interesses de curto e médio prazo.