O governo, por meio das ações da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, recapturou os fugitivos da penitenciária de Mossoró sem disparar tiros, destacando a abordagem baseada em inteligência, integração e cruzamento de dados. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi elogiado pelo presidente Lula pela operação bem-sucedida, que ocorreu após mais de 50 dias de fuga. A gestão de Lewandowski, pressionada pela oposição, respondeu às críticas sobre a eficiência no combate ao crime organizado, em um contexto em que a Segurança Pública é uma das principais preocupações dos eleitores.
Fontes do Ministério da Justiça revelaram que a estratégia de desmobilização do efetivo, que chegou a envolver 600 pessoas na busca pelos fugitivos, visava induzir o grupo que ajudava os foragidos a acreditar em uma possível fuga facilitada da região de Mossoró. Paralelamente, o governo busca atender aos eleitores que apoiam abordagens mais agressivas e ostensivas em segurança pública, como as adotadas em São Paulo, estado governado por Tarcisio de Freitas e com Guilherme Derrite, próximo a Bolsonaro, como secretário de segurança.
Em meio a um cenário político polarizado, o governo busca contrastar sua abordagem de segurança pública com aquela defendida pela extrema direita, representada por Estados alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como São Paulo. A operação em Mossoró destaca a ênfase do governo em métodos que priorizam a inteligência e a integração, em contraposição a abordagens mais agressivas. A preocupação com a segurança pública ganha relevância em um contexto eleitoral, onde a eficácia no combate ao crime se torna um tema central nas discussões políticas.